DIA INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS | 1 DE JULHO | PENICHE
Realizou-se no passado dia 1 de Julho, a cerimónia de comemoração do Dia Internacional das Cooperativas, este ano sob o lema “As cooperativas asseguram que ninguém é deixado para trás”.
Em Portugal, a sessão comemorativa realizou-se, sob organização da CONFECOOP, com apoio da CONFAGRI e da CASES, nas instalações da Cooperativa de Solidariedade Social, CERCIPENICHE, que celebra em 2017 o seu quadragésimo aniversário ao serviço da comunidade que integra.
Esta iniciativa contou com a participação do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva e com o Presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, que aproveitou para dar as boas vindas a todos os participantes.
Durante a sessão foi lida a mensagem da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) onde se reafirma o compromisso das cooperativas de garantir a igualdade entre as comunidades e a contribuição das cooperativa para tornar o mundo um lugar melhor.
Para a entidade anfitriã, representada pela vice-presidente da Direção, Andreia Capataz, “nas cooperativas todos contam e todos contam de igual forma.”. Segundo a dirigente, “a história da CERCIPENICHE é a história de muitas centenas de cooperativas, é a resposta da sociedade civil à identificação de uma problemática de proximidade.”
O Presidente da Direção da CASES, Eduardo Graça, sublinhou que “o cooperativismo é um modelo com futuro, nas suas diversas fórmulas, e em todos os seus ramos, um contributo válido e reconhecido, por um cada vez maior número de entidades, para a solução da crise económico-social nacional e europeia. Para tal deve o Estado colocar na agenda política as medidas necessárias para promover o desenvolvimento do movimento cooperativo definindo, com rigor, os fins, eleger os meios e reunir os recursos distribuindo-os de forma justa. “
Entretanto, o Presidente do Conselho de Administração da Mútua dos Pescadores, Jerónimo Teixeira, evocou os 75 anos da criação da Mútua dos Pescadores, Mútua de Seguros, CRL, sublinhado que a mesma “é uma pequena seguradora portuguesa, mas é certamente muito mais do que isso. É a primeira cooperativa de seguros de Portugal, é líder dos seguros da pesca e da atividade marítimo turística, é uma das seguradoras de referência da náutica de recreio e é reconhecidamente uma seguradora com grande especialização e um serviço de alta qualidade. É igualmente a organização, de caráter associativo, com maior implantação e representação à escala nacional dos setores marítimos e muito especialmente da pesca.”
O Presidente da Direção da CONFECOOP, Rogério Cação, expressou um voto de solidariedade para com as pessoas do Pinhal Interior, na pessoa dos dirigentes presentes em representação da CERCICAPER de Castanheira de Pera.
Para este dirigente o modelo cooperativo é uma ferramenta fundamental de combate à pobreza e de defesa dos direitos dos mais desfavorecidos. Nessa medida é claramente “coisa de pobres”, afirmação esta realizada em oposição à ideia muitas das vezes sublinhada mas não contextualizada de que “cooperativa não é coisa de pobre”, alusão à importância das cooperativas em termos de desenvolvimento económico, colocando em segundo plano a importância no combate às desigualdades sociais e ao combate à pobreza, papel que as cooperativas tem assumido como prioridade em todo o mundo.”
Aproveitando a presença do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o dirigente cooperativo e Presidente da Confederação exigiu que rapidamente as Cooperativas, que injusta e inexplicavelmente têm sido ignoradas, sejam consideradas na comissão permanente do Compromisso de Cooperação do Setor Social e Solidário e que as mesmas “sejam ouvidas no mesmo plano que hoje é facultado às Misericórdias, Mutualidades e Instituições Particulares de Solidariedade Social.”
Os trabalhos foram encerrados pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, que aproveitou o momento para felicitar as CERCIPENICHE e a Mútua dos Pescadores pelos seus aniversários e reforçar a importância do movimento cooperativo em termos da sua expressão económica à escala global, mas fundamentalmente, o seu papel agregador e mediador na atual realidade da economia social, considerando que as cooperativas estão presentes em todos o setores. Para o governante, a realização do Congresso Nacional de Economia Social em 2017 é uma oportunidade para toda a família da Economia Social, atribuíndo às cooperativas um papel relevante.